domingo, 21 de fevereiro de 2010

365

Um ano? São apenas 365 dias, nada que se possa comparar a uma década ou mesmo a um século. Mas pensando melhor, mesmo que sejam só 365 dias, tudo pode mudar. As pessoas sofrem, riem, choram, amam, mas acima de tudo, é necessário que aprendam com isso. Talvez seja parvoíce minha, mas é-me difícil adaptar a tudo aquilo que é novo e que me afasta daqueles de quem eu mais gosto. Querem um argumento? Não sei se servirá, mas.. Talvez por gostar demasiado daqueles que fazem parte da minha vida ou até por não saber classificar prioridades.
Há anos piores e anos melhores. Há aqueles em que tudo corre bem, e em que tudo se resolve como nós queremos e depois há aqueles..em que nada parece chegar, a nossa vida e as pessoas que dela fazem parte estão completamente viradas do avesso, contamos os minutos, horas e dias para que tudo volte ao normal, desesperados por não saber se acabará tudo bem. E depois temos aqueles anos das questões inacabadas. Sucedem-se normalmente a seguir a um “mau ano”. É aquele ano em que todos nós tentamos esquecer o passado, mas ele insiste em não se soltar de nós. Está bem que o passado é aquilo que nos faz ter memórias e recordações, mas às vezes não são, nem de longe, as melhores. Hoje sei que há milhares de coisas que eu podia ter evitado, mas também sei que outros milhares de coisas que eu nunca podia ter evitado, mesmo que agora esteja a sofrer com isso. Temos sempre a opção de fugir. Não, não é fugir de casa nem nada que se pareça. É fugir daquilo que nos atormenta, pôr um fim a certos episódios que tendem a repetir-se, nem que seja só na nossa cabeça. São aqueles episódios que nos fizeram incrivelmente felizes na altura em que aconteceram, mas agora daríamos tudo para que fossem uma mera ilusão.
Na verdade, fugir não iria resolver os problemas, apenas iria demorar a sua resolução. Mas visto que não há nenhum estudo científico nem qualquer teorização aprovada sobre “o que fazer quando o passado insiste em perdurar…quanto a vocês não sei, mas eu vou tentar viver a minha vida ao máximo e se algum dia surgir uma oportunidade de resolver as tais “questões inacabadas”, vou agarrar essa chance, com toda a força de vontade que tenho; Porque alguém um dia me disse: “Bora viver as nossas vidas por enquanto e pode ser que um dia tenhamos uma 2ª oportunidade”. Enquanto esse dia não chega, existem outros 364 para viver!


Redigido a 9/Dez/2007, 21:04

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