segunda-feira, 16 de julho de 2012

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Estás guardado num espaço onde só cabes tu. Não me perguntes onde é, porque nunca soube que existia tal coisa dentro de mim. Quero que saias e que me abandones já. Ouviste, não ouviste? Já. Não é daqui a bocado. Quero já. Esquece. Afinal descobri que é impossível abandonarmos uma coisa que nunca tivemos. E ainda mais impossível que isso é descobrirmos tal coisa sozinhos, sem termos alguém que nos diga isso. Sabes... é que termos alguém que nos diga as coisas, é porque não estamos sozinhos. Tu silencias-me, é isso! Mentira, não silencias nada. Quer dizer, não me deixas falar, mas não é porque me calas os lábios. Tu impedes o meu pensamento de fluir, a lógica de se processar. Tu quebras-me. Vês o que fizeste? Quebraste-me. Não tenho cola e tu não serves. Lamento. Lamento imenso mesmo. 

Os melhores cumprimentos, 

Ass. ___________

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