terça-feira, 9 de outubro de 2012

Atenção: Isto não é um texto de ficção

Casa dos Segredos é um dos temas mais badalados da actualidade em Portugal. É uma pena e isso todos nós sabemos (incluindo aqueles que vêem, que é algo imperceptível para a minha pessoa). O que não sabíamos é que a Casa devia realmente ter mais concorrentes enfiados lá dentro, porque era menos espaço físico português que era ocupado pelas criaturas mais idiotas e insignificantes à face da terra. Dizem que os norte-americanos são burros? Apenas posso então concluir que os portugueses querem tentar igualar-se, superar essa 'idiotice crónica' de que tanto acusam o povo dos Estados Unidos. 
Bem, se até aqui não disse nada que contribuísse para a vossa felicidade, então parem de ler porque não vai decerto melhorar. O que a TVI está a criar é sim, uma problema social crónico, ao permitir que personagens cujos nomes são pouco pronunciáveis, se pavoneiem em frente das câmaras e se tornem conhecidas caras do povo português. Revolta-me saber que as audiências desse 'programa' foram altíssimas e revolta-me ainda mais saber que houve mais candidaturas para o mesmo, do que para o ensino superior neste ano de 2012. Mas mais do que isto, revolta-me saber que existem palhacinhos ainda mais disfarçados a conduzirem e a andarem pelas ruas de Lisboa e arredores todos os dias. Ou começam a aceitar mais pessoas dentro da Casa dos Segredos, ou eu deixo de sair de casa porque não me sinto segura a andar na rua ao lado de verdadeiras personagens. 
Passava pouco das nove da manhã e o céu estava nublado e o ar altamente húmido. Deixei-me ir pelo mesmo caminho que sigo todos os dias para o trabalho e eis senão quando surge um carro escuro que ia passar ao meu lado esquerdo. Graças a um outro aspirante a habitante com segredos, fiquei sem capa de retrovisor esquerdo e acabei por nunca mandar arranjar, já que ainda servia perfeitamente o seu propósito. Voltemos ao meu trajecto da manhã. Ora pois que a dita condutora bate violentamente naquilo que restava do meu retrovisor. Ao assistir de perto ao acontecimento, apitei durante um tempo considerável, até que se decidiram a dar a cara. Para meu espanto, aquilo que saiu da boca daquela senhora extremamente educada e bem formada, foi "Devia ter ido mais chegada à direita", ao que eu respondo que realmente era impossível, pois incorreria no risco de atropelar os transeuntes que normalmente passam por aquele troço de estrada. Qual não foi o meu espanto quando de seguida ouço: "É melhor seguirmos os nossos caminhos, senão vou ter que me chatear". 

Equipa de produção da Casa dos Segredos, por favor, peço-te encarecidamente que aceites esta ilustre personagem no teu programa porque eu tenho medo, muito medo que a mesma doença crónica (a estupidez, para quem não percebeu) afecte os restante moradores daquela localidade. 

Obrigada!

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