terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Diz-se que é uma espécie de Apartheid


Israel está a ver um retrocesso no pensamento social dos seus cidadãos, com o grupo de judeus ultra-ortodoxos a criar cada vez mais conflitos. Mais grave do que a vontade de afirmação por parte de um grupo, é aquilo que esse grupo quer afimar. "Os fundamentalistas querem as mulheres sentadas na parte de trás dos autocarros, que caminhem em passeios específicos e façam compras em determinadas horas, práticas rejeitadas pela principal corrente judaica", avançou a Euronews. Quando ouvi as notícias mais recentes, não estava a compreender muito bem o que estava a ser dito e acho que em grande parte, porque não queria acreditar que tal podia acontecer em pleno século XX. Um grupo de fundamentalistas religiosos diz ter vontade 'legítima' que as mulheres sejam segregadas socialmente, dando a entender que são portanto, o sexo mais fraco, quase insignificante. Parece que o novo método de segregação dos ultra-ortodoxos é feito por via da vassourada, atitude com pés e cabeça, com certeza. Seria de esperar que hoje em dia, este tipo de pensamentos fossem já impensáveis, devido aos avanços sociológicos que têm ocorrido nas últimas décadas. Uma das etapas históricas a não seguir como exemplo, deveria ser o Apartheid e sinceramente, foi para isso que me remeteu automaticamente, estas recentes manifestações por parte dos fundamentalistas. Para além da marginalização da mulher, outros ideais muito pouco característicos daquilo que conhecemos como 'democracia', se erguem. O nazismo e a consequente opressão dos judeus foi trazida até ao presente, através de um 'teatro' muito pouco feliz, por parte desta facção mais extremista dos judeus. Ora que o cenário era o seguinte: Crianças vestidas com as indumentárias usadas pelos judeus nos campos de concentração de Hitler, juntamente com a típica estrela que os distinguia. Na minha opinião, esta foi a forma mais triste e agressiva de manifestação de interesses e ideais. Está a causar grandes tumultos no seio da população israelita, que se julgava relativamente livre - dentro do possível e excluindo a luta eterna com os palestinianos - e a criar um sentimento de insegurança e principalmente, de retrocesso social. A gravidade desta situação está precisamente nesse tal retrocesso social, parecendo-se muito com o Apartheid. Sempre existiu esta facção mais radical, mas nunca tiveram tanta importância como hoje em dia e isso é que é preocupante, porque implica uma diminuição notória da situação das mulheres, coisa que está mais do que estabelecida e estabilizada em quase todos os países livres. Mulheres ocidentais vêem-se no meio de uma encruzilhada, entre o direito de terem a liberdade que sempre tiveram e o medo e insegurança de viver no seio de uma população dividida pela religião. Este problema pode até ser visto de uma perspectiva 'irónica', tendo em conta que todos os judeus sofreram com o regime nazi e todos deveriam ser complacentes com a liberdade e direitos aplicáveis a todos os seres humanos, mas na verdade, os ultra-ortodoxos estão, ainda que de outra forma e através de base ideológicas diferentes, a segregar e marginalizar na mesma. 
As minhas conclusões levam-me a pensar que existem um padrão quanto à marginalização. E será que existe mesmo?
Uns distinguem, e condenam 'raças', em favor do ideal de uma 'raça pura' ou em favor da 'raça branca', outros marginalizam e segregam um dos sexos, por o considerarem inferior. Continuam sem encontrar um padrão?

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