Nunca parou de pensar no que poderia ter sido se fosse. Se se aproximasse mais um pouco e arriscasse.
O problema foi nunca saber como arriscar. Não iria suportar mais um 'não', mais palavras atiradas contra um muro. As palavras caíam no chão e despedaçavam-se como se de pedaços de vidro se tratasse.
Era cruel o que ele lhe fazia. Parecia fazer-lhe mal ao não aceitá-la, mas ao mesmo tempo, a sua presença trazia a garantia de um sorriso sempre que se viam.
Perguntou-se se ia sempre ser assim. Sim, ia. Porquê? Assim, ia ser sempre mais seguro, sempre mais cómodo, sempre mais fácil. Ainda assim, era frágil e quebradiço, vidro rasco de uma qualquer marca chinesa.
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