terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Portugal tem publicidade que dá vontade

O que ainda por cá funciona

Um bocado em jeito do que uma amiga minha publicou no facebook, pus-me a pensar no quão fantásticos são os anúncios e mesmo o ramo da publicidade em si. Estive a pesquisar anúncios antigos que tenham dado que falar, mas não encontrei metade deles. Cheguei à conclusão que os portugueses têm realmente jeito para aquela monstruosa indústria que é a publicidade. Chato nos anúncios televisivos são as circunstâncias em que são vistos e a pouca atenção e admiração que os telespectadores, em grande parte devido à enorme percentagem de má publicidade que se faz (tomemos como exemplos os anúncios a detergentes de roupa e louça, lixívia e tantos outros produtos de limpeza e cuidado doméstico). Sei que o target é um dos principais pontos a ter em conta durante a produção de um anúncio, mas a verdade é que muitas vezes, a originalidade se sobrepõe à utilidade e os anúncios tornam-se apelativos só por isso mesmo.
Entretanto, é importante dizer que a originalidade não advém só dos produtos em si, mas sim de muitos outros factores em que é engraçado reparar quando vemos um anúncio. A indústria de publicidade (neste caso, televisiva) em Portugal tem evoluído em grande escala, nos últimos anos e estranhamente, tem a ver mais com as marcas e empresas em questão e não tanto com as campanhas por si só. Isto quer dizer que se pode 'catalogar' aquilo que considero bons anúncios pela marca/empresa que representam. Sumol, EDP, as cervejas e as redes portuguesas Sagres, Super Bock e Vodafone e Optimus têm tido das melhores campanhas publicitárias da últimas décadas. Não podemos focar-nos tanto nos actores nem na marca que é publicitada, mas sim no cenário onde é filmado, o diálogo que é usado e por último, a música que é escolhida. Nestes casos particulares, a música tem tido um efeito bastante positivo para o sucesso. Outra das vertentes publicitárias a que devemos prestar especial atenção pela originalidade com que são feitos e pela forma como são nus de qualquer preconceito, é a publicidade institucional.

Abaixo, deixo-vos dois links de anúncios que já devemos ter visto e revisto (talvez com bastante enfado) na televisão portuguesa e que acho simplesmente geniais, cheios de vida, de conceito e de ideais que valem a pena. Tratam-se se um anúncio da Super Bock e de um anúncio institucional, a favor do uso do preservativo, respectivamente.

Afinal, os portugueses ainda têm força de vontade, vontade de fazer bem, vontade de ver bem feito e vontade de trabalhar, de se esforçarem para que a originalidade deixe de ser só um meio de atingir um fim e começar a ser esse mesmo fim.

É umas das grandes coisas que funciona neste país onde poucas coisas funcionam.






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